Nick Georgiou é um contador de estórias. E para isso serve-se de jornais e revistas que molda em forma de figuras humanas e animais que impressionam pela sua expressividade. O declínio da imprensa assume-se, neste caso, como uma nova e refrescante perspectiva sobre a arte.
Convencionalmente, é através da prosa do jornalista que nos chegam as estórias do mundo, que por sua vez constroem uma história da humanidade. Contudo, pelas mãos do artista Nick Georgiou, jornais, revistas e livros são reconfigurados e passam a ser rostos humanos e figuras animais, deixando de ser objectos para se assumirem como sujeitos.
É deste modo que Nick, residente no estado do Arizona, nos Estados Unidos, pretende reanimar a imprensa, dando uma nova dimensão a jornais e revistas - os "artefactos do século XXI", como os descreve no seu blogue.
Procurando dar mais autenticidade às suas peças, o artista utiliza frequentemente publicações regionais. A ligação e a imagem que Nick Georgiou tem de certas regiões norte-americanas é precisamente uma das principais fontes de inspiração para cada uma das suas esculturas.
E porque um dos objectivos do artista é também aproveitar aquilo que muitas vezes é desperdiçado, é na via pública que as suas peças ganham vida. Quem passa na rua surpreende-se por ver o que habitualmente é lixo amontoado na esquina transformado numa verdadeira obra de arte. Para Nick Georgiou, esta é a real função da arte: fora do espaço esterilizado de uma galeria, as peças estão sujeitas à interacção directa com o público, que no seu dia-a-dia é imprevisível e reage de modo espontâneo àquilo com que se depara.
Ainda assim, estas esculturas feitas de papel já foram exibidas em galerias da cidade de Londres e também Nova Iorque, onde Nick Georgiou nasceu. Em preparação está também uma exposição na Grécia e no Chipre.
Mais trabalhos no blog do artista Nick Georgiou.
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